11 atrizes pornô que abandonaram o entretenimento adulto (tem até filha de grande diretor de Hollywood)
A pornografia se vende como um mundo onde tudo é possível: qualquer desejo pode ser realizado, tudo é glamouroso e todos parecem se deleitar em um sexo selvagem. Mas é assim mesmo? Muitas atrizes pornô já desistiram da carreira ao longo dos anos – e algumas chegaram a se tornar críticas ferrenhas da indústria. A seguir, conheça as histórias de 11 atrizes pornô que abandonaram o entretenimento adulto e seus motivos.
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Foram necessários apenas três meses e 11 vídeos para a libanesa Mia Khalifa deixar a indústria pornográfica. Mas ela logo se tornou uma das pornstars mais assistidas e famosas do mundo. Sua cena mais famosa é uma em que aparece vestindo um hijab enquanto fazia sexo (o que rendeu a ela uma ameaça do Estado Islâmico).
Em 2020, ela contou que, aos 21 anos, foi abordada por um homem na rua que a convidou para ser modelo. Ela aceitou, imaginando que ninguém a veria, mas logo percebeu o quanto a indústria é “tóxica”. Por exemplo, Khalifa chegou a esquecer diversas cenas que fez por conta da adrenalina e que as coisas começaram a ficar esmagadoras muito rápido.
Khalifa é um caso emblemático da exploração da indústria: por mais que tenha sido vista por mais de 800 milhões de pessoas, ela só recebeu US$ 12 mil por seus filmes enquanto a produtora Bang Bros (da qual fazia parte) lucra até hoje com ela. Agora, Khalifa luta para que os vídeos sejam retirados do ar, o que inspirou até a criação de um movimento, o Justice for Mia Khalifa.
“Acho que [os traumas] acontecem principalmente quando saio na rua. Sinto como se as pessoas pudessem ver através da minha roupa e me sinto profundamente envergonhada. Tenho a sensação de que perdi direito a toda a minha privacidade”, afirmou.
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Em 2023, Thaina revelou que saiu da indústria pornográfica depois de ter sofrido um abuso sexual “muito forte” após começar sua carreira. “No começo eu disse que não poderia processar e muitos pensaram que, ao me contratar, poderiam fazer o que quisessem comigo. Mas aí fui para casa, tomei um banho e chorei. Ele disse que eu teria de ser forte e deixar ir. Aconteceu muitas vezes”, ela contou em uma entrevista. A história teve um fim trágico: depois de sua denúncia, Thaina Fields foi encontrada morta em sua casa no Peru, em janeiro de 2024. Ela tinha 24 anos.
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Um mês depois do assassinato de Thaina Fields, Kagney Linn Karter tirou a própria vida, aos 36 anos. Após sua morte, no entanto, relatos de amigos apontaram que ela estava tentando desenvolver outros de seus talentos para parar de fazer filmes pornográficos. Ela também era cantora, performer e designer. Ela pensou que, pela música, poderia deixar os vídeos adultos no passado. Karter se tornou atriz pornô nos anos 2000 e chegou a receber diversos prêmios. Em 2019, ela saiu de Los Angeles e abriu um estúdio de pole dance.
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Conhecida como Roxy Reynolds, Shelley Lubben não só deixou os filmes pornô como se tornou uma importante ativista anti-pornografia. Sua entrada na indústria aconteceu de forma compulsória.
Em várias entrevistas, falou abertamente dos impactos psicológicos e emocionais que desenvolveu na indústria, mas também denunciou condições de trabalho ilegais e inseguras. Lubben se converteu ao cristianismo e foi diretora executiva da Pink Cross Foundation, que ajudava pessoas traumatizadas em relação a pornografia.
Aos 18 anos, Shelley Lubben foi expulsa de casa e se prostituiu até os 26 anos. Nesse meio tempo, começou a fazer filmes, mas a carreira como atriz pornô não durou muito tempo, já que ela contraiu herpes e HPV durante as gravações, o que a fez desenvolver câncer de colo de útero. Também lidou com o vídeo em álcool e drogas.
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Em entrevista ao podcast The Skinny Confidential Him & Her, em 2022, Lana Rhodes passou apenas oito meses na indústria (entre 2016 e 2017) disse que a experiência como atriz pornô a assustou.
“Não é bom para ninguém, deveriam tornar isso ilegal”, disse, entoando a mesma opinião de Mia Khalifa. Rhoades começou a atuar com 19 anos, e afirma que foi seduzida a entrar no mercado do sexo ao ver a vida levada pelas namoradas de Hugh Hefner em uma série chamada The Girls Next Door.
Ela avalia que era uma menina muito ingênua na sua primeira cena. “Não havia compreendido que para fazer pornografia você realmente tem que fazer sexo com as pessoas”, afirmou.
Rhoades gravou 250 filmes adultos, e afirma que a experiência toda lembra um “número de circo”. “Enquanto estava filmando, tinha que pensar ‘Qual feição uso? Qual barulho faço? O que faço agora para fazer desse o melhor filme?'”, lembra, afirmando que o universo da indústria também é abarrotado de drogas e álcool.
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Antes de viver Faye na série Euphoria, Chloe Cherry foi atriz pornô e conta que o ambiente é “pior que a indústria da moda”, onde também trabalhou. “Na moda, as pessoas apenas permitem que os corpos sejam como são. Vejo garotas de vários tipos físicos diferentes e adoro isso. Já no pornô existe literalmente um único tipo de corpo que você pode ter. Era muito rigoroso”, afirmou ao podcast Going Mental. Ela também afirmou que os filmes adultos são feitos por “um bando de velhos brancos estúpidos”
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Nadya Suleman era conhecida como Octomom e precisou começar a fazer vídeos solo, como cam girl, para poder sustentar seus 14 filhos – dos quais oito são gêmeos. Ela afirmou em entrevista a Touch que virou stripper e atriz pornô porque sua história enquanto mãe, que chegou a render reality shows, parou de fazer dinheiro. Suleman chegou a falir em 2012. “Me desumanizei completamente com o pornô e striptease. Eu estava tão desesperada, pois vi que estávamos à beira de nos tornarmos sem tetos. Então, em vez de colocar meus filhos diante das câmeras, preferi fazer isso apenas comigo”, disse.
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A brasileira Vanessa Danieli decidiu largar o pornô para se dedicar ao marketing de influência e ao YouTube. Para ela, a rotina era “cansativa e humilhante”, mas foi se tornando atriz pornô aos 22 anos que conseguiu alguma independência financeira.
“Me arrependo muito. Tudo ali no set não era montado como prometido, era caseiro, sem uma cópia do contrato, cenas cansativas e muito forçadas, tudo era sofrimento, foi uma fase bem difícil. Tenho traumas até hoje”, disse em entrevista ao Uol. Danieli também foi cam girl e era conhecida pelo nome Barbara Costa.
Em 2019, ela afirmou que lançaria um livro autobiográfico para contar sobre sua vida, mas, até hoje, não foi lançado. Mesmo tendo largado o pornô há anos, ela afirma que é “crucificada” até hoje e que lida com comentários maldosos, haters e preconceito. “Mas tudo isso não me abala. Sigo firme nos meus propósitos, investindo na minha carreira e vivendo uma fase bem diferente”, afirmou.
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Conhecida no pornô como Nadia Hilton, Crystal deixou a indústria em 2019 para virar pastora. Ela fez 97 filmes, mas lembra que se sentiu mal logo na primeira cena.
“Estava fazendo sexo com alguém que eu não conhecia e, naquela cena, o cara gozou duas vezes. Fiquei tipo: ‘Isso não está certo, não pode estar acontecendo’. Fiquei muito mal com o fato de que ele continuava e continuava, e me senti suja quando acabou”, narrou ao podcast Holly Randall Unfiltered. “Lembro de ficar sentada no chuveiro por mais ou menos duas horas, só chorava. Lembro que a água estava muito fria quando saí”, continuou.
Com seu trabalho na indústria, ela comprou um apartamento em Nova York, uma mansão em Malibu e uma Ferrari. Ganhava cerca de US$ 30 milhões ao mês. Mesmo assim, ela afirma que a experiência foi “terrível”. “Todos eram ótimos. Eu só mentalmente não estava pronta para isso”, disse. Ela desistiu de ser pastora porque era muito julgada e abriu uma conta no Only Fans.
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Sob o nome de Jenna Presley, Brittni De La Mora gravou nada mais, nada menos que 300 filmes. Ela foi atriz pornô dos 18 aos 25 anos, e chegou a se tornar uma das principais do mundo. Mas, em 2013, ela largou tudo para integrar a organização religiosa XXXCrush, que diz ajudar homens a se livrarem do vício em pornografia e sexo e a maior página antipornografia do mundo.
“Tentei deixar a indústria pornográfica sem a ajuda de Deus, e a realidade é que eu não conseguia fazer isso porque Deus e pornô não se misturam”, afirmou em entrevista à Barcroft Media em 2018.
Por mais que ganhasse US$ 30 mil ao mês, ela não conseguia pagar o aluguel porque usava o dinheiro para sustentar seu vício em drogas. No entanto, depois de ter pensamentos suicidas, ela foi aconselhada pela avó a ir à igreja para ser ajudada. Hoje, ela é pastora.
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Em 2020, Mikaela George Spielberg, filha de ninguém menos que o diretor Steven Spielberg, anunciou que era uma atriz pornô. Segundo o New York Post, ela passou a infância inteira lidando com a ansiedade e com transtornos alimentares na adolescência.
Spielberg afirmou que, conforme crescia, se sentiu cansada de não poder capitalizar o próprio corpo e de odiar a si mesma. “Essa é uma escolha positiva e empoderadora. Percebi que não há vergonha em ter uma fascinação com essa indústria e querer fazer algo seguro, são e consensual”, afirmou na época.
Em 2023, no entanto, ela afirmou ao Daily Beasts que parou de fazer os conteúdos. O motivo? A carreira não deslanchou como ela imaginava. No entanto, ela conta que passar por isso foi um verdadeiro processo de cura que a ajudou a lidar com os transtornos alimentares, o vício em álcool e com o transtorno de personalidade borderline.