“Nem eu, nem ninguém conseguiria mudar código-fonte da urna após lacre”, diz hacker de Carla Zambelli
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro retomou os trabalhos nesta quinta-feira (17) com o depoimento do hacker Walter Delgatti Neto.
Para a relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), a oitiva do hacker “poderá auxiliar esta comissão a esclarecer como a deputada Carla Zambelli (PL-SP) atuou de modo a questionar a legitimidade do sistema eleitoral brasileiro nas eleições de 2022”.
A Polícia Federal (PF) encontrou pagamentos de dois assessores de Zambelli ao hacker de forma fracionada. À PF, Delgatti afirmou que recebeu R$ 40 mil de Zambelli para invadir e inserir dados falsos nos sistemas de tecnologia do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em janeiro deste ano.
Na noite de quarta-feira (16), o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que Delgatti fique em silêncio durante sua oitiva ao colegiado.
A CPMI é formada por 32 titulares – 16 senadores e 16 deputados federais – e 32 suplentes.
Durante a CPMI do 8 de janeiro, o hacker Walter Delgatti afirmou que não teve acesso ao código-fonte das urnas eletrônicas, e que, após o lacre dos equipamentos, seria impossível qualquer pessoa alterar o código.
“Eu não tive acesso ao código-fonte, porque ele fica em um computador offline. Seria impossível acessá-lo. Se não tem acesso à internet, logo impossível eu ter acesso a ele. Nem eu, nem ninguém [conseguiria acessá-lo].”