Rio Negro desce mais 10 centímetros após bater recorde da pior seca de todos os tempos

A Amazônia enfrenta uma das piores crises de sua história, com o Rio Negro atingindo níveis críticos em meio a uma seca que já é considerada a pior dos últimos 121 anos no Amazonas. Hoje (17), o Rio Negro registrou um alarmante nível de 13,49 metros, apesar das chuvas intensas que têm assolado a cidade de Manaus nos últimos dias.

A rápida diminuição das águas, com uma redução de 10 centímetros em apenas um dia, indica que o nível do rio pode se aproximar dos 12 metros em um futuro próximo, o que aumenta a preocupação das autoridades e da população.

Os impactos desta seca são avassaladores, afetando aproximadamente 557 mil pessoas em toda a região. Com 50 municípios já declarando situação de emergência e outros 10 em estado de alerta, o estado do Amazonas está enfrentando uma crise humanitária sem precedentes.

O boletim divulgado nesta segunda-feira pelo Governo do Estado confirma a gravidade da situação, com inúmeras comunidades ribeirinhas e urbanas enfrentando a falta de água para consumo, a escassez de alimentos, e a ameaça iminente à biodiversidade da região.

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Os pescadores estão com dificuldades para encontrar peixes, os agricultores enfrentam perdas significativas em suas colheitas e as comunidades ribeirinhas sofrem com a falta de água potável.

A seca de 2023 é um lembrete doloroso das mudanças climáticas e do desmatamento desenfreado que afetam a região. A Amazônia desempenha um papel vital na regulação do clima global, e a degradação de seu ecossistema tem impactos que reverberam muito além das fronteiras do Brasil