Polícia Civil emite nota sobre o caso do casal suspeito de crimes de extorsão em Ji-Paraná
Depois de exaustivo trabalho de investigação, a Polícia Civil, por intermédio da Delegacia de Investigações sobre Extorsões, Roubos e Furtos de Ji-Paraná – DERFJIP, cumpriu os mandados de prisão temporária dos investigados Thiago e Kelly.
Trata-se de investigação sobre extorsões mediante restrição de liberdade da vítima (que é crime hediondo), praticada em concurso de pessoas. Investiga-se também a prática de rufianismo e/ou favorecimento à prostituição. Thiago e Kelly possuem uma empresa, a Nutritiv suplementos (no CNPJ da qual deveriam ser enviados os PIX).
A vítima possui uma empresa que prestava serviços ao casal.
A vítima passou a sair com garotas de programa indicadas pelo Thiago e, em certo momento, ao perceber Thiago que a vítima demonstrava interesse por Kelly, aconselhou Kelly a estimula-lo.
Por fim, Thiago consentiu que Kelly realizasse programas sexuais com a vítima. O primeiro encontro ocorreu num motel e, por não conseguir Thiago filma-los e fotografá-los durante o ato, resolveram que o próximo encontro seria na própria residência do casal. E assim foi feito.
Nesse segundo encontro, Kelly combinou com a vítima de transarem com uma outro mulher, todos os três juntos, o que estimulou a vítima. Supostamente, Thiago não estaria em casa.
No dia do fato, 2 de dezembro, a vítima lá esteve e estavam Kelly e outra garota de programa ainda não identificada. Quando estavam em pleno ato sexual, Thiago irrompeu no quarto e passou a filmar e fotografar tudo.
Segundo a vítima, tentou sair dali, mas Thiago e as demais o impediram. Exigiam a quantia de R$.30.000,00 (trinta mil reais) para que não divulgassem as mídias, nem encaminhassem à esposa da vítima (que é casado). A vítima diz não ter conseguido efetuar a transferência, tanto pela quantia exigida, quando por dificuldades com o aplicativo na internet. E assim ficaram ali até que o Thiago se deslocou até a cozinha e a vítima conseguiu sair as carreiras. Thiago e Kelly o perseguiram, mas não o impediram de se evadir. Depois disso, o casal passou a enviar, reiteradamente, em dias seguidos, mensagens ameaçadores, vídeos, montagens de panfletos que fizeram. Diziam que iam espalhar pela cidade e inclusive entregar para a esposa da vítima.
Estando a vítima nesta delegacia dando conta dos fatos, eles telefonaram várias vezes, ameaçando e as conversas puderam ser ouvidas pelos policiais.
Eles ainda utilizavam o estratagema de encaminhar mensagens de vídeo de visualização única.
Em consequência disso, houve representação pela prisão temporária de ambos, bem como para buscas domiciliares e apreensão de celulares e computadores, que foram cumpridas na madrugada deste sábado, 9.
Os investigados confessaram os crimes e foram encontradas as mensagens enviadas pelos dispositivos eletrônicos deles. Quanto aos crimes sexuais, ainda se investiga se é caso de rufianismo, favorecimento à prostituição ou mediação para satisfação de lascívia.
Nota emitida pela Delegacia de Polícia Civil de Ji-Paraná.