SESSÃO DO JÚRI: CONDENAÇÕES E DETALHES DO CASO DE HOMICÍDIO CRUEL EM JI-PARANÁ
Nesta quarta-feira, sob a presidência do juiz Dr. Valdecir Ramos de Souza, ocorreu uma sessão
do júri marcada por intensos debates e confrontos argumentativos, sobre crime ocorridos em Ji
Paraná, em agosto do ano de 2022. No tribunal, atuaram pela Defensoria Pública os advogados Dr.
Gustavo Saldanha e Dr. Aldo Linhares, enquanto o Ministério Público foi representado pela
promotora Drª Jovilhiana Ayricke. A sessão teve como foco o julgamento de dois acusados de um
crime de homicídio qualificado e chocante, que resultou na morte de Lucas Oliveira Rodrigues, à
época com apenas 20 anos de idade.
Acusados e Sentenças
Josias Almeida da Silva Souza, conhecido como “Cabeludo”, de 28 anos, foi condenado a 30
anos de reclusão, enquanto Nilton Cesar Nunes Gouveia Vaccari, chamado de “Índio”, de 35 anos,
recebeu uma pena de 18 anos de prisão. Ambos foram condenados pelo homicídio qualificado de
Lucas Oliveira Rodrigues, que envolveu requintes de crueldade. De acordo com a investigação e com
os depoimentos apresentados durante o julgamento, a vítima foi brutalmente agredida com facão,
faca e pedradas, além de ter seu corpo incendiado e ocultado pelos acusados.
Motivação e Dinâmica do Crime
O motivo do crime teria sido desentendimentos entre Josias e Lucas, ligados à execução de
crimes. Ambos já possuíam uma história de desavenças no contexto da vida criminosa que levavam.
No dia dos fatos, Lucas foi atraído sob o pretexto de usar drogas, mas acabou surpreendido, atacado e
morto de forma cruel pelos dois condenados.
Investigação do Caso
A investigação do homicídio foi conduzida pela Delegacia de Homicídios, mas o caso teve
início na Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (DERF), quando investigava um furto de seis
motocicletas e um carro. A investigação da DERF elucidou os crimes contra o patrimônio praticados
por Lucas, Nilton e Josias, e também envolveu Fábio Henrique da Silva Labs, de 36 anos, que
colaborou no furto e escondeu os bens em sua residência.
Na casa de Fábio, a DERF cumpriu mandados de busca e apreensão, encontrando armas
utilizadas no homicídio dentro de uma churrasqueira, junto a papéis queimados e outros objetos
relacionados ao crime. Os policiais também localizaram cordas, documentos e objetos furtados da
empresa Cometa, tanto na residência de Fábio quanto no local onde o corpo de Lucas foi encontrado.
A perícia foi fundamental para registrar e documentar as evidências no local do crime.
Condenação por Crimes Contra o Patrimônio
Pelos crimes contra o patrimônio, os quatro envolvidos foram condenados em janeiro deste
ano. Fábio foi sentenciado a 7 anos de reclusão, Nilton a 5 anos, e Josias a 3 anos e 8 meses. As penas
refletem a participação de cada um nos furtos e na receptação dos bens subtraídos.
O Clímax do Tribunal
A sessão do júri foi acalorada e cheia de tensão, com as partes envolvidas apresentando suas
versões dos fatos de maneira combativa. Drª Jovilhiana Ayricke argumentou pela gravidade e pela
crueldade dos atos praticados, enfatizando o sofrimento imposto à vítima antes de sua morte. Por
outro lado, os defensores buscaram atenuar as penas de seus clientes, argumentando aspectos
relativos à responsabilidade individual de cada acusado.
O resultado final, no entanto, foi a condenação de Josias e Nilton por um crime considerado
brutal, cuja execução causou grande comoção na comunidade e nos presentes ao tribunal. O juiz Dr.
Valdecir Ramos de Souza destacou, ao proferir a sentença, a importância de que a justiça seja feita
em nome da vítima e também da sociedade, reafirmando o compromisso com a proteção dos direitos
humanos e a repressão de crimes de tamanha violência.
A equipe da DERF foi integrada pelos policiais Dr Julio Cesar Ferreira, Helede, Maikon, Gabriel,
Miguel, Tania e Gilson.
A equipe da DECCV (homicídios) era integrada pelos policiais Luís Carlos Hora, Mercia,
Pamela, Dayvison, Francisco, Malaquias, Celio e Eric.