Rondônia

Rondônia Lidera Ranking Nacional de Estupros com 3 Cidades entre as 5 Mais Violentas do Brasil

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2025 revelou dados alarmantes sobre a violência sexual no país — e Rondônia ocupa lugar de destaque negativo. Três dos cinco municípios com as maiores taxas de estupros e estupros de vulneráveis em 2024 estão localizados no estado.

  • Ariquemes lidera o ranking com uma taxa de 122,5 estupros por 100 mil habitantes;
  • Vilhena aparece logo atrás, com 108,7;
  • Porto Velho, embora tenha caído para a 5ª posição, ainda registra 108,6.

Ji-Paraná, apesar de não aparecer entre os cinco primeiros neste levantamento específico, faz parte do mesmo contexto regional de vulnerabilidade e risco, sendo diretamente impactada pelas mesmas dinâmicas sociais e estruturais que elevam os índices de violência em Rondônia.

“Tais dados nos mostram uma dura realidade que pede esforços de pesquisa de natureza qualitativa para compreendê-la”, destaca o Anuário, que sugere que os números estão ligados a fatores mais profundos do que apenas criminalidade aparente.

Os pesquisadores apontam que essas dinâmicas se intensificam nos territórios da Amazônia Legal, com destaque para a realidade de Rondônia. Segundo o estudo, a explosão recente das taxas de estupro pode estar diretamente conectada à precariedade urbana, observada principalmente em cidades que:

  • Crescem rapidamente, com pouca estrutura;
  • Enfrentam disputas fundiárias intensas;
  • São marcadas pela convivência entre economias lícitas e ilícitas de alta movimentação;
  • Sofrem com a ausência do Estado, especialmente nas políticas de proteção e combate à violência sexual.

A situação exige respostas urgentes e integradas do poder público, com investimentos em educação, saúde, urbanização e atendimento especializado às vítimas, além do fortalecimento das estruturas de prevenção e investigação.

Ji-Paraná e demais cidades rondonienses precisam estar no centro desse debate. O crescimento desordenado e a falta de políticas públicas efetivas estão deixando mulheres e crianças ainda mais vulneráveis.

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