Luto! A Última Caminhada de Edson Kasiuk

Ji-Paraná amanheceu mais silenciosa hoje. O burburinho das ruas, o ritmo dos dias, a rotina que sempre seguiu seu curso pareceu diminuir o passo, respeitando a ausência de um homem que fez da vida um ato de servir. Edson Costa Kasiuk (17/10/1966 – 09/03/2025) nos deixa, mas não parte de verdade.

Edson era dessas pessoas raras que estavam sempre onde se precisava, fosse para um conselho sincero, um aperto de mão firme ou um gesto simples de bondade que mudava o dia de alguém. Prestativo por natureza, não esperava reconhecimento, nem fazia alarde. Apenas via o que precisava ser feito e fazia. Um sorriso aqui, um favor ali, uma palavra amiga acolá. Ele entendia que a vida se mede pelos momentos em que estendemos a mão aos outros.

E quem o conhecia sabia: ninguém escapava de ser chamado de “parente”. Era seu jargão, sua marca registrada. Um jeito peculiar e afetuoso de tratar os amigos, como se cada um carregasse consigo um laço invisível de família. Para Edson, amizade era isso—um parentesco escolhido, construído no dia a dia, no respeito, na camaradagem e no bem-querer.

Se há algo que a vida nos ensina, é que algumas presenças são tão marcantes que mesmo a despedida não consegue apagá-las. Edson deixa um legado de generosidade e de afeto. Seu nome não será lembrado apenas nos documentos ou nas lápides frias, mas nas conversas de quem um dia cruzou seu caminho e se sentiu acolhido.

Hoje, enquanto nos despedimos, imaginamos Edson caminhando por estradas de luz, com seu jeito simples e seu chapéu inseparável, cumprimentando os novos vizinhos do céu com o mesmo carinho de sempre: “E aí, parente?”

Por aqui, ficamos com a saudade e a certeza de que sua presença nunca será esquecida.

Vá em paz, Edson. Você cumpriu sua missão.

Texto: Fábio Gonçalves

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