Médico que matou namorada de 15 anos com tiro é indiciado por feminicídio

A Polícia Civil de Mato Grosso concluiu o inquérito sobre a morte da adolescente de 15 anos baleada na cabeça dentro de um carro, em Guarantã do Norte, e indiciou o médico Bruno Felisberto, de 29 anos, por feminicídio e outros seis crimes. A tragédia ocorreu na madrugada do dia 3 de maio, após o casal sair de um bar no centro da cidade.

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Além de feminicídio, o médico também foi indiciado por dano ao patrimônio público, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, disparo de arma de fogo, dirigir sob efeito de álcool, entregar veículo a pessoa não habilitada e fornecer bebida alcoólica a menor de idade. A soma das penas pode ultrapassar 62 anos de reclusão em regime fechado.

Segundo o delegado Waner Neves, responsável pelo caso, a apuração reuniu provas suficientes para sustentar o indiciamento em múltiplas frentes criminais. Bruno foi preso preventivamente no dia 5 de maio, dois dias após o crime, e confessou o disparo, alegando que acreditava que a arma estivesse descarregada.

O crime aconteceu dentro de um automóvel, logo após os dois deixarem o bar. De acordo com o boletim de ocorrência, Bruno socorreu a adolescente, levando-a ao hospital local, onde acompanhou os procedimentos de reanimação. Com a confirmação da morte, o médico teria entrado em surto e danificado parte da estrutura da unidade hospitalar, o que motivou o acionamento da Polícia Militar.

Ainda segundo relatos, o médico chegou visivelmente abalado ao hospital, implorando para que salvassem a vida da jovem. O caso, que causou grande repercussão no município, levanta novamente o debate sobre violência contra mulheres e adolescentes, além da responsabilidade profissional e pessoal de quem atua na área da saúde.

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