Mulher é condenada a 4 anos de prisão após roubar baby reborn dentro de Shopping
Uma mulher foi condenada a quatro anos, um mês e 23 dias de prisão em regime fechado por furtar uma bebê reborn avaliada em R$ 999,99, além de outros itens de luxo, em um shopping de Campinas, interior de São Paulo.
O caso, que ocorreu em junho de 2019, teve a sentença mantida pela 3ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) em novembro de 2020, chamando atenção pela peculiaridade do objeto furtado: uma boneca hiperrealista que imita um bebê com detalhes impressionantes.
O crime no shopping De acordo com os autos do processo, a mulher foi flagrada por seguranças do shopping com sacolas repletas de produtos furtados, incluindo a bebê reborn, produtos de beleza, roupas de grife, eletrodomésticos e jogos de cama. No estacionamento, os agentes encontraram os itens no carro da ré, todos sem nota fiscal, confirmando o furto em diferentes lojas do estabelecimento.
A criminosa agiu em conjunto com outras duas mulheres, que escaparam de penas mais graves ao firmarem acordos de não persecução penal. Durante o julgamento, a condenada tentou se defender alegando que havia comprado os produtos por R$ 1.200 na região da rodoviária de Campinas. No entanto, a justificativa não convenceu o relator do caso, desembargador Luiz Antonio Cardoso, que destacou o histórico criminal da ré. “Prisões e condenações anteriores não foram suficientes para impedi-la de persistir na prática de crimes”, afirmou o magistrado na decisão.
O fascínio pelas bebês reborn O caso ganhou destaque devido à presença da bebê reborn entre os itens roubados. Essas bonecas, conhecidas pelo realismo impressionante — com pele de silicone, cabelos implantados e até peso semelhante ao de um bebê real —, têm conquistado colecionadores e despertado debates. Avaliada em R$ 999,99, a boneca furtada é um exemplo do mercado crescente dessas criações, que podem custar de R$ 500 a mais de R$ 10 mil, dependendo do nível de personalização. Embora sejam objetos de coleção para muitos, as bebês reborn também geram controvérsias. Reportagens recentes, como uma publicada pelo Metrópoles, questionam se a obsessão por essas bonecas pode ter implicações sociais, enquanto uma vereadora do PL chegou a propor a proibição de atendimento médico a bebês reborn em São Paulo, alegando confusão em serviços de saúde.