Governo vai revogar veto a custeio de translado de corpos do exterior para o Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (26), em São Paulo, que vai revogar o decreto que impede o governo federal de custear translados de corpos do exterior para o Brasil.
Ele afirmou ter descoberto, após a morte de Juliana Marins, na Indonésia, um decreto de 2017 que impede que o Itamaraty custeie o transporte de corpos para o país.
“Quando chegar a Brasília vou revogar o decreto e fazer outro para que o governo assuma a responsabilidade de custear as despesas da vinda do corpo dessa jovem para o Brasil”, disse.
“Eu disse para ele que eu sei que não existe nada pior do que um pai ou a mãe perdeu um filho. (…) É um sofrimento que não tem cura. Eu falei para o seu Manoel [Marins, pais de Juliana], a gente vai ajudar no seu sofrimento, resgatando a sua filha e trazendo. Vamos cuidar de todos os brasileiros, estejam eles onde estiverem”, afirmou Lula.
Mais cedo, o presidente havia afirmado em uma rede social que determinou ao Itamaraty prestar apoio à família.
Juliana Marins foi achada morta em trilha de vulcão; Monte Rinjani, na Indonésia.
Corpo de Juliana Marins é levado a Bali para autópsia
A jovem de 26 anos foi encontrada morta na terça (24) após cair de uma trilha no segundo maior vulcão na Indonésia.
O corpo de Juliana foi recuperado após quase 15 horas de trabalho de agentes da Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas), forças de segurança do país no Sudeste Asiático.
A família da jovem criticou a demora na tentativa de resgatar Juliana. Em uma postagem na quarta-feira, a família afirmou em que a brasileira foi vítima de negligência.
“Juliana sofreu uma grande negligência por parte da equipe de resgate. Se a equipe tivesse chegado até ela dentro do prazo estimado de 7h, Juliana ainda estaria viva. Juliana merecia muito mais! Agora nós vamos atrás de justiça por ela, porque é o que ela merece! Não desistam de Juliana!”, publicou a família.