Adolescente de 13 anos mata a própria mãe com ajuda de amigos
Um crime brutal chocou a população de Colíder, município de aproximadamente 30 mil habitantes no interior do Mato Grosso. A funcionária pública Samara Aparecida da Conceição, de 34 anos, foi encontrada morta dentro de casa, com mãos e pés amarrados por fios de energia. A vítima estava de bruços sobre a cama.
A principal suspeita do homicídio é a própria filha de Samara, uma adolescente de 13 anos, que teria contado com a ajuda de três amigos, incluindo o namorado de 16 anos. De acordo com a Polícia Civil, após o crime, o grupo tentou fugir levando cerca de R$ 5,8 mil guardados pela vítima. O dinheiro foi apreendido pela Polícia Militar e foi peça-chave para esclarecer o caso.
Segundo as investigações, R$ 1 mil chegou a ser entregue a um dos jovens, enquanto os demais passaram a manhã seguinte escondidos e dormindo em uma igreja abandonada.

Conflitos familiares e relação conturbada
O envolvimento da filha veio à tona quando a polícia notou sua ausência para prestar depoimento. Na escola, ela também não foi encontrada. Em entrevistas com colegas, os investigadores descobriram que a adolescente mantinha um relacionamento conflituoso com a mãe, que não aceitava seu namoro.
Amigos relataram ainda que a jovem havia feito declarações perturbadoras sobre a mãe. Samara, por sua vez, já cogitava pedir a transferência da guarda da filha por não suportar mais o convívio.
Tranquilidade após o crime
Câmeras de segurança flagraram os quatro adolescentes deixando a casa da vítima com aparente tranquilidade e até sorrindo. A frieza da cena chamou a atenção dos policiais, que rapidamente emitiram alerta às forças de segurança.
Em menos de 48 horas, três deles foram localizados em uma área rural, prestes a deixar o município. O quarto adolescente foi apreendido em outro local.
Inspiração no caso Richthofen
Durante o depoimento, a filha de Samara confessou que o assassinato foi planejado. O grupo teria se inspirado no caso Suzane von Richthofen, ocorrido em 2002, em São Paulo, para executar o crime e se apropriar do dinheiro da vítima.
Um dos jovens ainda admitiu que parte do valor seria utilizada para realizar uma festa.
A Polícia Civil solicitou à Justiça a internação imediata dos quatro adolescentes em uma unidade de medidas socioeducativas.