Bebê é resgatado após ser deixado como garantia de dívida de drogas em boca de fumo

Um caso de extrema gravidade envolvendo uma criança de apenas 1 ano e 2 meses chocou o município de Sarandi, no norte do Paraná. O bebê foi resgatado pelo Conselho Tutelar na última sexta-feira (16/5), após ter sido deixado pela própria mãe em uma boca de fumo como garantia de pagamento de uma dívida de R$ 150 em drogas.

De acordo com informações do conselheiro tutelar Valdir Costa, a denúncia foi feita por familiares da criança, que ficaram sabendo a situação e, sem esperar por autoridades, decidiram invadir o local por conta própria. A avó e os tios enfrentaram resistência dos traficantes, mas conseguiram retirar o bebê à força e levá-lo para um local seguro.

A criança foi levada ao Conselho Tutelar apresentando ferimentos nas orelhas, possivelmente causados por puxões, segundo avaliação inicial. O bebê estava sob os cuidados dos tios no momento do atendimento, e o caso foi imediatamente comunicado à Polícia Civil do Paraná (PCPR), que já abriu uma investigação.

Pais são usuários de drogas e vivem em situação de rua

Segundo relato dos familiares, os pais do bebê são usuários de drogas e vivem em situação de rua. O casal tem ainda dois outros filhos, de 6 e 11 anos, que já estavam sob a guarda da avó materna.

mãe da criança está desaparecida desde o episódio e ainda não foi localizada pelas autoridades. Já o pai encontra-se internado em um hospital da região, com problemas de saúde.

A Polícia Civil investiga se a mãe entregou voluntariamente a criança como forma de pagamento da dívida ou se o bebê foi retido pelos traficantes como garantia de que ela voltaria. Os responsáveis poderão responder por abandono de incapaz, crime previsto no Código Penal.

Guarda provisória e análise judicial

Após o resgate, o Conselho Tutelar emitiu um termo de responsabilidade, concedendo guarda provisória do bebê aos tios. O caso também foi encaminhado à Vara da Infância e da Juventude, que irá analisar a situação da família para definir a guarda definitiva da criança.

Enquanto isso, os conselheiros acompanham de perto o bem-estar da criança e dos demais irmãos, reforçando a necessidade de atuação conjunta entre os órgãos de proteção e a Justiça para garantir um ambiente seguro e saudável aos menores.

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