Justiça

Cinco réus são condenados por assassinato de procurador em Cacoal; penas somam mais de 100 anos

Cinco pessoas foram condenadas pelo assassinato do procurador da Câmara de Cacoal (RO), morto a tiros em frente ao prédio público em 2019. As penas aplicadas pelo Tribunal do Júri ultrapassam 100 anos de prisão.

O crime foi premeditado, com promessa de pagamento, e ocorreu em plena luz do dia. Câmeras de segurança registraram o momento em que um carro branco parou na rua, dois homens desceram e efetuaram diversos disparos. A vítima havia sido nomeada procurador-geral da Câmara uma semana antes.

Além do homicídio, dois réus também foram responsabilizados pela tentativa de assassinato contra um homem que acompanhava o procurador. Ele foi baleado na cabeça, sobreviveu após 28 dias internado e precisou de traqueostomia.

Segundo a sentença, o grupo planejou a execução observando a rotina da vítima. O veículo usado foi furtado, teve a placa adulterada e, após o crime, foi incendiado para eliminar provas. O mandante já faleceu e não teve sua identidade revelada.

Sete pessoas foram levadas a julgamento, mas duas foram absolvidas. Veja como ficaram as condenações:

Mauricio Souza Genovez – considerado líder e atirador; condenado a 50 anos, 4 meses e 2 dias em regime fechado.

Maycon Anderson da Silva Nascimento – motorista e responsável pela vigilância da rotina da vítima; recebeu 31 anos e 15 dias em regime fechado.

Wilhasmar Ventramelli – cedeu a casa para esconder os executores; condenado por homicídio e lesão corporal a 13 anos, 7 meses e 10 dias em regime fechado.

Gilberto da Silva dos Santos – conduziu o veículo de fuga e tentou incriminar inocentes; recebeu 3 anos e 9 meses em regime fechado.

Gervásio Lucas Brandão – adulterou o carro usado no crime; condenado por adulteração e lesão corporal a 5 anos em regime semiaberto.

A defesa de dois dos réus afirmou que, apesar das condenações, considerou o resultado uma vitória parcial devido à retirada de qualificadoras e acusações mais graves.

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