Criança de 3 anos engole bateria de lítio e é internada com dor abdominal em Ji-Paraná
Uma criança de três anos deu entrada em um hospital particular de Ji-Paraná (RO) com dores abdominais depois de engolir uma bateria de lítio. Com exame de raio-X, os médicos encontraram o objeto dentro do intestino do paciente.
O caso foi relatado esta semana nas redes sociais pela doutora pediatra Bárbara Blafert, que acompanhou o caso. Os pais optaram por não comentar o assunto para preservar a privacidade da criança.
A bateria do tipo botão tem o tamanho aproximado de uma moeda, usada em brinquedos, por exemplo. Em alguns casos, é necessário realizar procedimentos como endoscopia e cirurgia para retirar o objeto. Porém, no caso de Ji-Paraná, o paciente conseguiu expelir a bateria pelas fezes.
“Na internação, a gente solicitou uma endoscopia, essa endoscopia foi realizada, porém a bateria já não foi encontrada na região nem do esôfago e nem do estômago, e então ela já teria provavelmente descido. Através do Raio-X, a gente via que ela já estava na região dos intestinos”, relembra a médica.
Segundo a doutora, há um risco muito grande se uma criança ingere esse tipo de objeto.
“Uma bateria, os cuidados são um pouco maiores, né? Porque a bateria de lítio é corrosiva, então ela pode evoluir com complicações muito graves, como perfuração do esôfago, dos intestinos, fazer até mesmo algum tipo de fístula. A gente tem que tomar muito cuidado”, alerta a médica.
A dor abdominal é um dos sintomas que as crianças podem apresentar ao ingerir um corpo estranho. Também existem outros como vômito. Ao presenciar esses casos os pais e responsáveis devem encaminhar os filhos para atendimento médico imediatamente.
“As crianças precisam ter dois olhos em cima. A grande maioria dos corpos estranhos engolidos são moedas e em segundo bateria, depois vem os brinquedos que não são adequados pra idade. Então, todas essas crianças que a gente consegue identificar na hora do momento que ela engoliu, a gente precisa levá-la pro pronto-socorro”, orienta a pediatra.
Fonte: Agnaldo Martioli, Rede Amazônica