Brasil

Dono da Ultrafarma e diretor da Fast Shop são soltos com fiança de R$ 25 milhões

A Justiça de São Paulo determinou a soltura dos empresários Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, e Mário Otávio Gomes, diretor da Fast Shop, mediante fiança de R$ 25 milhões, uso de tornozeleira eletrônica e entrega dos passaportes.

Eles haviam sido presos desde terça-feira (12) na Operação Ícaro, que investiga um esquema bilionário de propina para fraudar créditos fiscais da Secretaria da Fazenda.

O suposto operador do esquema é o auditor Artur Gomes da Silva Neto, acusado de receber cerca de R$ 1 bilhão por meio de uma empresa em nome da mãe, cujo patrimônio teria saltado de R$ 411 mil para R$ 2 bilhões entre 2023 e 2025.

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Artur teria prestado “assessoria criminosa” a empresas como Fast Shop, Ultrafarma, Oxxo e Kalunga, acelerando e inflando ressarcimentos de créditos em troca de propina. Diferentemente dos empresários, o MPSP defende a manutenção da prisão dele e avalia um possível acordo de colaboração premiada.

Sidney e Mario estavam presos após uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) desarticular esquema de corrupção envolvendo auditores-fiscais tributários da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).

A investigação começou há 6 meses e já concluiu que o esquema existe desde 2021. Segundo o MP, empresários pagavam para que os auditores facilitassem o ressarcimento de créditos de ICMS junto à Sefaz-SP. Todas as empresas varejistas contribuintes têm direito ao ressarcimento, porém o procedimento é complexo e tem prazos longos.

O promotor de Justiça Roberto Bodini disse que as investigações dão indício de que outras empresas do setor varejista também podem ter utilizado o mesmo esquema para conseguir a liberação desses créditos tributários.

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