Homem que matou a esposa com facada na cabeça em Vilhena finalmente revela motivação do crime: “R$ 4 milhões perdidos em aplicações”
Durou quase 7 horas o julgamento do aposentado Rafael Rosa Macedo, levado ao banco dos réus nesta quarta-feira, 23, em Vilhena, acusado de matar a esposa, Elisama Macedo. O crime aconteceu em 2023, quando a vítima estava com 32 anos.
Desde as primeiras horas da manhã, amigos e familiares de Elisama, que morreu com uma faca cravada na têmpora, se aglomeravam na porta do Fórum Desembargador Leal Fagundes, para acompanhar o júri popular. Eles chegaram a usar imagens fortes para pedir a condenação de Rafael (VEJA AQUI).
Durante seu depoimento, o réu respondeu à pergunta que até mesmo os familiares se faziam desde o dia do crime: o que teria motivado uma ação tão violenta, que mergulhou na tragédia um casal que era considerado modelo de amor e respeito mútuo?
Ao tentar desfazer o mistério, o acusado confessou o assassinato, e alegou que estava passando por uma série de problemas envolvendo dívidas decorrentes da perda de uma grande soma em dinheiro aplicado, provavelmente em ações na Bolsa de Valores.
Ele disse que, ao perder cerca de R$ 4 milhões em aplicações financeiras, incluindo dinheiro de investidores, acabou entrando em crise e, segundo argumentou, o surto o levou a desferir a facada fatal na companheira, enquanto ela dormia.
Ao final dos debates entre a Defensoria Pública, que representou Rafael, e Ministério Público, assistido na acusação pelo advogado criminalista Jacier Dias, a pena total foi aplicada ao réu: 30 anos de prisão, sem direito de recorrer da condenação em liberdade.
Os jurados levaram em consideração as qualificadoras de feminicídio e uso de recurso que não deu qualquer chance de defesa à vítima. Jacier Dias, contratado pela família de Elisama, disse que a punição ao autor do crime “foi exemplar”.Os parentes que assistiram a aplicação da pena comemoraram a decisão dos jurados.
Fonte: folhadosulonline
Fonte: folhadosulonlin