Ouro Preto (RO): Tribunal do Júri condena “Mãezona do CV” e Jean “Ogro” a mais de 27 anos de prisão
O Tribunal do Júri realizado nesta sexta-feira (6) no Fórum Desembargador Cassio Rodolfo Sbarzi em Ouro Preto do Oeste, condenou Dulceneia Cruz Teixeira Salomão, a mãezona do CV, 47, e Jean Pereira Leite, conhecido por “Ogro”, por ordenar a execução de Douglas Ayalla Duarth Araújo, aos 24 anos, que era membro da própria facção, o crime ocorreu na madrugada de 10 de dezembro de 2022.
Dulceneia e Jean Pereira, liderança da facção em Rondônia que se encontra em uma ala de segurança máxima da Penitenciária Central do Estado (PCE) de Cuiabá (MT), receberam a pena de 25 anos pelo homicídio, mais 2 anos, 8 meses e 20 dias por corrupção de menor, somando pena definitiva de 27 anos, 8 meses e 20 dias de reclusão em regime fechado.
O veredito final do Tribunal do Júri foi lido por volta de 21 horas, a condenação de Mãezona e Ogro foi elevada, o agravante de ambos terem usado um menor (sobrinho de Dulceneia) para levar a arma de fogo para a execução de Douglas Ayalla aumentou a pena dos réus.
Destaque no julgamento para a brilhante atuação da promotora Naiara Ames de Castro Lazzari, que descontruiu a narrativa da defesa ao apresentar as provas em vídeos, da ação orquestrada pelos réus e da execução da vítima.
Após o assassinato de Douglas, a investigação conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ouro Preto do Oeste, concluiu que Douglas Ayalla foi assassinado por ter violado regras do “estatuto” da facção Comando Vermelho, ao torturar um usuário de drogas com o pedaço de madeira.
O vídeo do assassinato circulou momentos após a execução em grupo de WhatsApp em Ouro Preto do Oeste com imagens anexadas de Douglas introduzindo pedaço de madeira no ânus de um indivíduo. A investigação no celular da ré também mostrou que Dulceneia enviou mensagem pedindo para o sobrinho dela menor de idade enviasse o vídeo do assassinato, e quando recebeu as imagens comemorou a execução de Douglas.
Na próxima semana, irão a Júri Popular jovens membros da facção que se encontram presos na Casa de Detenção de Ouro Preto do Oeste, e tiveram envolvimento nas execuções ocorridas no local que ficou conhecido como a Casa da Morte, que ficava localizada no Jardim Aeroporto, à rua Maringá, e foi demolida.
Fonte: Correio Central