Pix por aproximação: entenda o que muda a partir de hoje para o usuário
Desde que o pix foi lançado, em 2020, uma agenda de novidades passou a ser prevista para o meio de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central. E uma delas chega de modo mais amplo para os usuários a partir hoje (28): o pix por aproximação, que deve representar uma mudança importante na experiência com o pix.
“O grande objetivo do pix por aproximação é impulsionar a adesão do pix na compra do online. No mundo físico, melhorar a experiência de pagamento usando o celular, para que não seja mais preciso abrir aplicativo de banco e ler código QR code, ou ficar sem comprar algo no pix porque o app está fora do ar”, resume Murilo Rabusky, diretor de Negócios da Lina Open X, empresa provedora de infraestrutura do open finance.
Para usar o pix por aproximação nas compras presenciais, basta encostar o celular com tecnologia NFC (Near Field Communication) – inicialmente apenas em celulares Android – nas maquininhas, sem que seja necessário acessar o aplicativo do banco. Ou seja, como já ocorre nas compras por débito e no crédito. Já nos pagamentos nos e-commerces, uma das mudanças mais perceptíveis para o usuário será o fim da necessidade de copiar e colar o código pix para inserir do aplicativo do banco, algo que os adeptos do pix até se acostumaram, mas não era considerada a interação ideal pelo Fórum Pix, espaço dentro do Banco Central que discute e propõe melhorias para o sistema.
“Para fazer pagamentos com pix por aproximação no modelo da carteira digital, você deve vincular uma conta a ser debitada, não uma chave pix. Você pode vincular mais de uma conta a uma carteira digital para utilizar o pix por aproximação, não havendo limite de contas que podem ser vinculadas“, explica o BC.
O pix poderá ser incluído futuramente em carteiras digitais, como Apple Pay e Samsung Pay, por exemplo.
Thais Fischberg, presidente da Adyen na América Latina, diz que o pix por aproximação representa um salto nos serviços financeiros.
“O pagamento com pix já foi adotado plenamente pela população e o open finance já tem mais de 62 milhões de consentimentos dos usuários. O que a gente não via era essa agenda se cruzando. Agora, haverá, de fato, uma mudança de patamar na forma de uso do pix”.