Região Norte registra alta nos casos de SRAG por Influenza A, com destaque para Rondônia
A região Norte do país, incluindo o estado de Rondônia, tem registrado aumento significativo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com destaque para a atuação do vírus Influenza A, segundo o boletim mais recente do InfoGripe, da Fiocruz, divulgado no último dia 12 de junho. A análise abrange o período das semanas epidemiológicas 19 a 22 de 2025 e aponta que, embora a alta mais expressiva se concentre no Centro-Sul, estados do Norte também apresentam níveis elevados de incidência.
Rondônia figura entre as 21 unidades da federação com incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco e com tendência de crescimento. A capital, Porto Velho, também apresenta aumento nos casos, especialmente entre crianças de 2 a 4 anos, além de jovens e adultos.
O estado segue a tendência de outras áreas da região, como Amazonas e Pará, onde o crescimento dos casos por Influenza A já dá sinais de desaceleração entre os idosos, ainda que a circulação viral continue intensa. No Acre, por outro lado, já se verifica um indicativo de estabilização ou queda, especialmente nos casos associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que tem sido uma das principais causas de internação de crianças pequenas.
No total, 93.779 casos de SRAG foram notificados em todo o país em 2025, dos quais 50,5% tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório. Entre os positivos, 40% foram causados por Influenza A nas últimas quatro semanas analisadas. A letalidade também tem chamado a atenção: entre os óbitos confirmados por SRAG nesse mesmo período, 75,4% foram associados ao vírus Influenza A.
Diante do cenário, especialistas reforçam a importância da vacinação contra a gripe, especialmente para grupos vulneráveis, como idosos e crianças pequenas. Medidas de prevenção, como o uso de máscaras em locais fechados e com aglomeração, além da etiqueta respiratória, continuam sendo recomendadas.
O InfoGripe alerta que, mesmo em estados onde há tendência de estabilização, como o Acre, a situação ainda exige atenção, considerando o alto patamar de internações e a possibilidade de novas ondas de transmissão.